Bahia adota programa paranaense
para fortalecer líderes e sindicatos

Representantes do Sebrae e SENAR da Bahia
em visita à sede da FAEP em Curitiba

A Bahia vai implantar o Programa de Desenvolvimento Sindical, uma experiência bem sucedida do Paraná na formação de lideranças e fortalecimento de instituições sindicais. Fruto de uma parceria do Sebrae no Paraná, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/PR), o Programa foi apresentado semana passada durante reunião técnica na sede do Sebrae em Curitiba com representantes do Sebrae, FAEP e SENAR, do Paraná e da Bahia.  

O Programa contribui para a qualificação de líderes e sindicatos com atuação rural e no comércio. Em 2007 foram atendidos 102 sindicatos no Estado. Atualmente, participam do Programa 40 sindicatos rurais e 38 sindicatos do comércio.  

Para Luiz Antônio Digiovani, superintendente técnico e sindical da FAEP, os sindicatos precisam estar preparados para acolher mudanças e os líderes, ao participarem de programas, acabam se tornando mais críticos. "O Paraná é um estado essencialmente agrícola e tanto os líderes sindicais quanto os sindicatos precisam agregar, ocupar espaços e têm potencial para isso", assinalou.

Este será o segundo projeto do Sebrae, FAEP e SENAR do Paraná que a Bahia incorpora à sua realidade. O primeiro foi o Empreendedor Rural, que formou em 2007 sua primeira turma e é referência também em outros estados brasileiros. "É uma satisfação em poder contribuir com a transferência de metodologias desenvolvidas no estado do Paraná para outros estados da Federação", disse o diretor-técnico do Sebrae no Paraná, Julio Cezar Agostini, durante a reunião.  

"Somos organizações que mexem com líderes e o resultado disso é a criação de um ambiente mais favorável, com lideranças rurais, públicas e sindicais cada vez mais articuladas. O Brasil precisa desenvolver lideranças empreendedoras capazes de realizar ações concretas visando o desenvolvimento social", ressaltou Julio Cezar Agostini.  

Para Luiz Antônio Digiovani, superintendente técnico e sindical da Faep, os sindicatos precisam estar preparados para acolher mudanças e os líderes, ao participarem de programas, acabam se tornando mais críticos. "O Paraná é um estado essencialmente agrícola e tanto os líderes sindicais quanto os sindicatos precisam agregar, ocupar espaços e têm potencial para isso", assinalou.

Rui Dias, da Gerência Sindical do Senar Bahia, disse que criar líderes é mostrar que eles têm condições de desenvolver as regiões e suas economias. "Trabalhamos dentro de segmentos produtivos e a Faep e o Sebrae são espelhos para nós. Precisamos preparar nossos empresários, da indústria, comércio, serviços, e da agroindústria para essa economia globalizada, que exige competitividade."

PROGRAMA DE FORMAÇÃO - Osmar Dalquano Junior, coordenador estadual de Agronegócio do Sebrae no Paraná, afirmou que a formação de líderes e sindicatos mais estruturados ajuda na implementação de políticas públicas. "Com líderes e sindicatos mais preparados, os pequenos negócios, sejam no campo ou na cidade, passam a ter mais força e representatividade", destacou Dalquano.  

A formação de lideranças sindicais no Paraná, de acordo com o modelo aplicado pelo Sebrae, Faep e Senar, é feita em três fases, com duração média de quatro meses. Na primeira fase do Programa, é feito um diagnóstico individual do sindicato, um raio-x administrativo e financeiro, com avaliação do grau de planejamento e do relacionamento interno e externo da instituição e seus serviços.  

A segunda fase é um treinamento coletivo, com análise de itens como: liderança, dimensão da instituição, das pessoas, da estratégia, do ambiente, e do "eu" de cada líder. Nessa fase, o Programa trabalha com grupos formados por 10 sindicatos em média. Essa capacitação é de fundamental importância para o passo seguinte, que é o planejamento.

O planejamento é trabalhado na terceira fase do Programa. É nessa fase que os líderes sindicais são estimulados a definir a missão e como querem que as instituições que comandam sejam reconhecidas. Nessa fase trabalha-se com uma visão de futuro, com um plano de ação. É aí que se começa a perceber a importância e o potencial das entidades, o poder que têm.  

 

Boletim Informativo nº 1005, semana de 19 a 25 de maio de 2008
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná
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